Por: Clineu de Mello Almada Filho

O envelhecimento populacional é uma realidade. No Brasil, segundo informações recentes divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas com 60 anos e mais corresponde a 15,1% de nossa população. Estamos vivendo mais e alcançando uma expectativa de vida ao nascer de aproximadamente 76,8 anos. Estima-se que nos países em desenvolvimento o segmento etário que mais se ampliará nos próximos tempos será o de pessoas com mais de 80 anos.  

Esse processo de transição demográfica que experimentamos exige muita reflexão. É preciso escolher, por exemplo, com que qualidade de vida e de saúde enfrentaremos nossos dias. A heterogeneidade nas formas com que envelhecemos sugere que possamos atuar na trajetória desse processo, imprimindo uma marca pessoal, pois como já demonstrado pela ciência, isso depende muito mais de nossa atenção com a saúde do que com a nossa herança genética.

Embora apresentemos mais chances de adquirir doenças quando nos tornamos idosos, o conceito de saúde nessa fase da vida está muito mais relacionado à preservação de nossa independência para realizarmos nossas tarefas cotidianas e a nossa autonomia na vida. Assim, mais significativo que a presença de doenças é não sofrermos o impacto destas em nosso dia a dia para que não nos sintamos doentes.

O cuidado à saúde implica em nos submetermos a revisões médicas periódicas que além de possibilitarem diagnósticos precoces e intervenções terapêuticas adequadas, possam promover medidas preventivas a fim de que consigamos alcançar uma boa qualidade de vida durante nossos anos. 

Essa também deverá ser a preocupação do médico, orientar a prevenção de condições que agravem nosso estado de saúde, favorecendo a nossa boa qualidade de vida.

O fenômeno da longevidade nos reforça um velho ensinamento: é melhor prevenir do que remediar!

Que venham os anos! E que sejam de boa qualidade!